Para muita gente, o Linux é
meramente um sistema operacional. Essa definição não está errada, mas também
não está completa. Na verdade, o Linux é parte de um todo, mais precisamente, é
um kernel de código-fonte aberto, que foi — e é desenvolvido — ao longo do
tempo graças à colaboração voluntária de desenvolvedores de várias partes do
mundo.
O núcleo Linux foi
desenvolvido pelo programador finlandês Linus Torvalds,
inspirado no sistema Minix. O seu código fonte está disponível sob a
licença GPL (versão 2) para que qualquer pessoa o possa
utilizar, estudar, modificar e distribuir livremente de acordo com os termos da
licença. A Free Software Foundation e seus colaboradores usam o
nome GNU/Linuxpara descrever o sistema operacional, o que tem
gerado controvérsias.
Apoiado por pacotes
igualmente estáveis e cada vez mais versáteis de softwares livres para
escritório (LibreOffice, por exemplo) ou de uso geral (projeto GNU) e por
programas para micro e pequenas empresas que na maioria dos casos em nada ficam
a dever aos seus concorrentes proprietários, e interfaces
gráficas cada vez mais amigáveis como o KDE e o GNOME, o núcleo
Linux, conhecido por sua estabilidade e robustez, tem gradualmente caído no
domínio popular, encontrando-se cada vez mais presente nos computadores de uso
pessoal atuais.
A história do Linux
A história do Linux começa
no ano de 1991, pelas mãos de um estudante universitário finlandês chamado Linus
Torvalds. O Linux foi criado por ele, não totalmente do "zero", mas
sim como uma variação do Minix.
Linus Torvalds, então com
quase 20 anos, começou a estudar ciência da computação na
Universidade de Helsinki, na Finlândia, em 1988. Cerca de dois anos depois,
aproveitando o conhecimento que tinha e estava adquirindo sobre a linguagem C,
decidiu criar a sua própria implementação de um terminal em seu recém obtido
computador 80386, principalmente para acessar o servidor Unix da instituição de
ensino. Isso porque ele já havia testado o Minix para essa finalidade, mas não
estava satisfeito com os seus recursos.
A intenção de Torvalds era a
de fazer o projeto rodar especificamente em sua máquina 80386, com o
desenvolvimento sendo feito a partir do Minix. O trabalho avançou de tal forma
que chegou um ponto em que Torvalds já tinha um kernel funcional em mãos.
Em 1991, Linus Torvalds
decidiu divulgar abertamente o projeto. Para isso, publicou mensagens na Usenet (uma
espécie de antecessora da internet baseada em troca de mensagens) pedindo
sugestões e colaborações para a sua iniciativa.
GNU/Linux
Tal como você já sabe, o
Linux, por si só, é um kernel. Sozinho, um kernel não tem muita utilidade. É
necessário "juntá-lo" a um conjunto de softwares para que tenhamos,
efetivamente, um sistema operacional em condições de uso. É aí que o
projeto GNU entra em cena.
GNU é a sigla para um nome
curioso: "GNU is Not Unix (GNU Não é Unix)". Trata-se de um
projeto que teve início em 1984 pelas mãos de Richard Stallman, que queria
criar um sistema compatível com Unix, mas sem utilizar código deste.
Com o passar dos anos, o
projeto foi ganhando recursos, como compiladores e editores de texto. Mas,
faltava um elemento importantíssimo: um kernel. Stallman e seus colaboradores
estavam trabalhando em um kernel de nome Hurd, mas dada a demora em
concluí-lo, muitos daqueles que precisavam ou queriam usar software GNU
decidiram recorrer a algo que souberam ser capaz de atender à necessidade que
tinham: o Linux.
Então, basicamente, o Linux
que temos hoje é conhecido por trabalhar em conjunto com software GNU. Por
isso, muitos integrantes e simpatizantes de movimentos ligados ao software
livre defendem a ideia de que, quando houver referência ao sistema operacional
como um todo, o nomeGNU/Linux deve ser utilizado. Acontece que, por
comodidade ou simplesmente desconhecimento, muitas pessoas criaram o hábito de
chamar todo o conjunto de Linux e não apenas o kernel.
Viva o linux!!
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