quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Linux


Para muita gente, o Linux é meramente um sistema operacional. Essa definição não está errada, mas também não está completa. Na verdade, o Linux é parte de um todo, mais precisamente, é um kernel de código-fonte aberto, que foi — e é desenvolvido — ao longo do tempo graças à colaboração voluntária de desenvolvedores de várias partes do mundo.

 O núcleo Linux foi desenvolvido pelo programador finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O seu código fonte está disponível sob a licença GPL (versão 2) para que qualquer pessoa o possa utilizar, estudar, modificar e distribuir livremente de acordo com os termos da licença. A Free Software Foundation e seus colaboradores usam o nome GNU/Linuxpara descrever o sistema operacional, o que tem gerado controvérsias.


Apoiado por pacotes igualmente estáveis e cada vez mais versáteis de softwares livres para escritório (LibreOffice, por exemplo) ou de uso geral (projeto GNU) e por programas para micro e pequenas empresas que na maioria dos casos em nada ficam a dever aos seus concorrentes proprietários, e interfaces gráficas cada vez mais amigáveis como o KDE e o GNOME, o núcleo Linux, conhecido por sua estabilidade e robustez, tem gradualmente caído no domínio popular, encontrando-se cada vez mais presente nos computadores de uso pessoal atuais. 

A história do Linux


A história do Linux começa no ano de 1991, pelas mãos de um estudante universitário finlandês chamado Linus Torvalds. O Linux foi criado por ele, não totalmente do "zero", mas sim como uma variação do Minix.

Linus Torvalds, então com quase 20 anos, começou a estudar ciência da computação na Universidade de Helsinki, na Finlândia, em 1988. Cerca de dois anos depois, aproveitando o conhecimento que tinha e estava adquirindo sobre a linguagem C, decidiu criar a sua própria implementação de um terminal em seu recém obtido computador 80386, principalmente para acessar o servidor Unix da instituição de ensino. Isso porque ele já havia testado o Minix para essa finalidade, mas não estava satisfeito com os seus recursos.

A intenção de Torvalds era a de fazer o projeto rodar especificamente em sua máquina 80386, com o desenvolvimento sendo feito a partir do Minix. O trabalho avançou de tal forma que chegou um ponto em que Torvalds já tinha um kernel funcional em mãos.

Em 1991, Linus Torvalds decidiu divulgar abertamente o projeto. Para isso, publicou mensagens na Usenet (uma espécie de antecessora da internet baseada em troca de mensagens) pedindo sugestões e colaborações para a sua iniciativa.

GNU/Linux

Tal como você já sabe, o Linux, por si só, é um kernel. Sozinho, um kernel não tem muita utilidade. É necessário "juntá-lo" a um conjunto de softwares para que tenhamos, efetivamente, um sistema operacional em condições de uso. É aí que o projeto GNU entra em cena.

GNU é a sigla para um nome curioso: "GNU is Not Unix (GNU Não é Unix)". Trata-se de um projeto que teve início em 1984 pelas mãos de Richard Stallman, que queria criar um sistema compatível com Unix, mas sem utilizar código deste.

Com o passar dos anos, o projeto foi ganhando recursos, como compiladores e editores de texto. Mas, faltava um elemento importantíssimo: um kernel. Stallman e seus colaboradores estavam trabalhando em um kernel de nome Hurd, mas dada a demora em concluí-lo, muitos daqueles que precisavam ou queriam usar software GNU decidiram recorrer a algo que souberam ser capaz de atender à necessidade que tinham: o Linux.

Então, basicamente, o Linux que temos hoje é conhecido por trabalhar em conjunto com software GNU. Por isso, muitos integrantes e simpatizantes de movimentos ligados ao software livre defendem a ideia de que, quando houver referência ao sistema operacional como um todo, o nomeGNU/Linux deve ser utilizado. Acontece que, por comodidade ou simplesmente desconhecimento, muitas pessoas criaram o hábito de chamar todo o conjunto de Linux e não apenas o kernel.

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